segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Despedidas e...Interruptores!!!

Tenho pensado ultimamente em como as nossas relações, particularmente as afectivas, por vezes se assemelham tanto a interruptores… principalmente quando está na hora de desligarem de vez (ou não)!!!!
Na verdade, quando  nos apercebemos que uma relação está a chegar ao fim, seja por já se ter esgotado de tanto tempo em comum ou por não ter, sequer, realmente começado, começamos a funcionar como os interruptores: ligamos e desligamos vezes sem conta…
Será que, no fundo, estaremos à espera de uma luz ao fundo do túnel ou esperamos que a luz se funda de vez e, aí, possamos atribuir as culpas à fraqueza da lâmpada em vez de as atribuir, devidamente, à indecisão dos sujeitos que apagam e acendem, ininterruptamente, o…interruptor???!!!! Afinal, é tão humanamente vulgar culparmos algo ou alguém que não nós próprios!!!
Nas relações conjugais isto é ainda mais notório ainda que, de modo algum, notável! Mas é assim que somos!!! E, quando não nos decidimos, a lâmpada  é que paga!!!  Aqui a lâmpada pode ser uma metáfora para muita coisa!!!! Pode ser a metáfora da conta bancária (e da conta da electricidade é-o, literalmente!!!). Pode ser a metáfora da nossa dignidade pessoal!!! Pode ser a metáfora do nosso amor próprio…Mas a mais grave de todas é quando é a metáfora dos nossos filhos! Efectivamente, tal como um interruptor accionado repetidamente leva ao desgaste da lâmpada que acende ou desliga, também os filhos se desgastam quando os pais não se decidem se querem, ou não, desligar-se um do outro…
Penso que, muitas vezes, é por também eles (os pais!!!) terem tanto medo do escuro e do desconhecido que preferem manter a luz acesa!!! Mas é também com a luz acesa que se vêem os nossos defeitos, os defeitos do outro, os defeitos da relação!!! E aí, volta-se a apagar a luz!!! E quando se apaga a luz, vê-se o grande defeito da escuridão: esta não permite ver bem coisa alguma, nem as qualidades nem os defeitos!!! E a possibilidade de passar a vida às escuras mete mesmo muito medo!!! Então acende-se a luz e espera-se que os defeitos, por magia, se tenham tornado, durante a noite, em qualidades!!! Mas tudo permanece na mesma!!! E a vontade de tornar a desligar retoma o seu percurso, da alma à ponta dos dedos…
Entretanto, nem se olha para quanto estes dedos e esta alma se vão cansando, o quanto a lâmpada se vai gastando… e gastando…e gastando. Só que uma lâmpada gasta pode ser sempre substituída… os filhos e/ou o amor próprio não!!!
Se é verdade que, por vezes, se não desligarmos, se não deixarmos (quase) tudo para trás não vamos para a frente, outras vezes há em que é importante reparar os curto-circuitos e… voltar a ligar a corrente!!!
Acho que nunca saberemos o que é melhor… O que é melhor para cada um mas, principalmente, o que é melhor para todos… E, porque nunca saberemos, talvez o melhor seja tomar uma decisão, seja ela qual for… Só assim podemos evitar que a lâmpada se funda…de vez!!!


2 comentários:

  1. E qual foi a decisão?

    Contribui para ser feliz?

    Não percebi as despedidas?

    Gostei da analogia que criou sobra as relações!

    :)

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  2. Olá Mestre Mónica!

    Adorei o seu Blog. Gostaria de partilhar algumas palavras com a Mestre.Otília Nogueira - Mestrado em NEE - mmarques16@hotmail.com

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